A árvore de mim, ou Interior

Simples é minha busca: quero embebedar-me do orvalho
Da frondosa árvore que nasceu dentro de mim.
As folhas de formatos todos e nenhum tingidas com
O verde todas as cores de meus desejos.

Os frutos caem, e logo colocam-se
A germinar novamente outro ramo da mesma árvore
E quando liberto, vez em quando, meus pássaros
Da gaiola dourada da minha oculta razão, levam e espalham
Minha árvore para cantos que não sei se crescem.

Minha terra, porém, faz tempo que não tem sol
E um alvorescer molhado de orvalho, o aquele!
Chega quase a se nascer, antes que eu acorde
Mas deparo-me ainda com a escuridão e a secura,
Quando dou-me por mim, e olho a dentro.

Sinto que se deixo de olhar, o sol se fará mas se
Me deixo a não olhar por muito tempo, a força
Da luz, do calor que fará evaporar orvalho, minha vontade
Meu caminhar, a solução de minha sede de mim mesmo.

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